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SOBRE


Brasília, 04 de abril de 2022, 21h44
De: Geovanna Ferreira 
Para: apaixonados por aprender 


A jornada do conhecimento está apenas começando


Photo by Cristian Escobar on Unsplash

Desde pequena eu gostava de me expressar pela escrita, escrever poemas, cartas e textos aleatórios. Mas hoje em dia, no mundo tão dinâmico dos vídeos e fotos, eu decidi ter um blog. E nesse post eu vou falar um pouco sobre mim, Geovanna, além dos artigos que eu escrevo. E claro, vou compartilhar com vocês algumas lições que eu aprendi com 2 anos de blog e meus ups and downs no mundo digital. 


Há exatamente dois anos, o primeiro post do blog foi ao ar. Mas eu planejei por mais ou menos uns 6 meses antes de publicá-lo. Imagina eu, a adolescente que não tinha nenhuma rede social, nem celular, decide começar a escrever na internet. 

Sempre fui uma pessoa ávida por aprender, mas raramente encontrava pessoas com os mesmos interesses que os meus, ou então compartilhava o que eu aprendia com as pessoas. Eu pensei, o que adianta eu buscar tanto conhecimento, dar meu máximo, se eu não ia aplicar aquele conhecimento ou passá-lo adiante? 

Então eu comecei a pesquisar o que precisava pra colocar um blog no ar. Não sei nada de programação web, então decidi criar um blog no Blogger mesmo. E virava a madrugada procurando um tema que se encaixasse no padrão que eu queria. E aí entrava a parte do design, embora eu seja uma pessoa extremamente meticulosa, era frustrante ver o quão ruins foram os meus primeiros designs. Lembro que passei uma tarde inteira pra criar um Pin para o Pinterest. Se você está começando em qualquer área, não importa o tamanho do seu esforço, ainda assim não vai sair maravilhoso, mas o primeiro vai ser pior que o segundo, e esse pior que o terceiro. 

A bandeira deveria ser escrita "progresso e ordem", pois só com o progresso que a ordem é estabelecida.

E a realidade que eu percebi foi, se eu tivesse lançado antes, se eu tivesse errado ainda mais naquela época, eu estaria melhor hoje. Apenas comece


Mas a principal razão de eu não ter lançado o blog antes era que eu precisava de um nome, um nome que exprimisse o significado que eu queria, mas depois de muitas folhas rasgadas, eu pensei que o nome deveria ser relacionado com o conceito de aprender, e com o slogan de que seríamos eternos aprendizes. E assim encontrei Buckwheater, que por definição, é uma palavra bem antiga usada para descrever uma pessoa que é nova em um ofício, que está começando a aprender algo. E foi aí que eu tive a sensação de que esse era perfeito. E naquele momento eu estava escrevendo no meu caderno, e aí foi aquela epifania, a cena de uma caneta escrevendo infinitamente sobre o papel representava perfeitamente aquele conceito.


Durante o ano de 2020, eu produzia conteúdo no instagram como um studygram, lá eu não tive muito sucesso na questão de números de seguidores, mas foi bom porque eu documentei como que foi meu processo de aprendizado na quarentena. Foi exatamente nesse período que eu estava de "férias da escola" (era o que todos pensávamos). Então a quarentena seria aquele momento de fazer tudo que queríamos fazer mas não tínhamos tempo por conta da eterna correria do mundo. Foi nesse momento, onde todos desaceleraram, que eu acelerei com toda velocidade. 

Decidi que criaria coragem pra compartilhar meus conhecimentos no mundo digital, e nesse período de 2 anos que fiquei sem frequentar a escola presencialmente, eu aprimorei meu inglês, ganhei um concurso de redação global 3 vezes, aprendi coreano, apliquei pra bolsas de ensino médio no exterior 2 vezes, aprendi muito sobre marketing digital, e o mais valioso de todos esses conhecimentos, eu aprendi sobre mim.

Descobri que eu era capaz de fazer muito mais do que eu pensava, e que as "barreiras" que eu enxergava eram na verdade fronteiras sem significado nenhum, e que eu iria sim atravessá-las. 

Pra mim, o Universo é o limite. 

Porque eu tomei muitas decisões ousadas durante esse período, eu fiz grandes avanços. Consegui meu primeiro emprego sendo social media, dei muitas aulas particulares, melhorei muito em matemática, mas claro que essa largada descontrolada trouxe algumas consequências.


Burnout. Bateria acabou. 

Apesar de eu ter tentado tantas coisas, me esforçado tanto, eu não tive sucesso na maioria delas. Não passei pra fazer ensino médio no exterior, parei algumas vezes enquanto estudava coreano, não fiquei milionária com marketing digital (ainda), e não consegui crescer o Buckwheater de maneira constante. E assim enfrentei um burnout. É exatamente essa a sensação, como se a bateria tivesse acabado e não tivesse mais vontade de fazer nada. Durante esse tempo, eu reavaliei vários aspectos da minha vida, e depois que me recuperei, foi como se eu tivesse virado outra pessoa. Mas na vida tudo tem um por quê, e se não fosse assim, você não estaria lendo esse artigo hoje. 


A jornada do conhecimento é uma caminhada, não uma corrida


Até mesmo o ato de aprender, descobrir o mundo e a si mesmo, se tornou parte da corrida dos ratos. Se você não viajou o mundo, tem uma profissão, vida financeira estável e mais um monte de "requisitos", você fracassou. E é por isso que a maioria das pessoas hoje em dia não quer caminhar por esse caminho, por que no mundo de ilusão das redes sociais, "tudo é fácil, rápido só depende de você, nada vai te atrapalhar", as pessoas saem correndo, e ao se cansarem ou enfrentar algum obstáculo,  simplesmente jogam a toalha e culpam a si mesmas. 

"Ah não sou bom nisso"

" Talvez eu seja de humanas/exatas/ biológicas (ou qualquer outra caixinha que você tenta se acomodar"

"Não vou fazer tal coisa, é muito difícil e vai levar muito tempo"


E nessa que as pessoas abandonam seus sonhos e perdem a oportunidade de viver uma vida maravilhosa e gratificante. 

Mas eu tenho algo pra te contar...

A vida é uma jornada de aprendizados

E você precisa estar disposto a errar mais vezes do que acertar, parar, reajustar a rota, recarregar as energias, mas o mais importante, não parar de caminhar. Na vida, seremos eternos Buckwheater . Mesmo que você passe por alguns lugares difíceis, é como dizem, todos os caminhos levam à Roma. 


Vem nessa caminhada comigo?


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